As etapas da vida segundo Erikson
1ª idade – Bebé (0-18 meses)
Questão chave: o meu mundo social é previsível e protector?
Crise: Confiança versus desconfiança
- Se a mãe alimenta bem o filho, se o aconchega e acarinha, brinca e fala ternamente com ele, o bebé desenvolve o sentimento de que o ambiente é agradável, criando uma atitude básica de confiança face ao mundo.
- Se o comportamento da mãe não o satisfaz, a criança desenvolve medos e suspeitas que contribuem para a formação de uma atitude negativa de desconfiança.
Virtude: Esperança
2ª Idade – Criança de tenra idade (18 meses-3 anos)
Questão chave: serei capaz de fazer as coisas sozinho ou precisarei da ajuda dos outros?
Crise: Autonomia versus Vergonha ou dúvida
- Se os pais encorajam a criança a exercitar as suas capacidades motoras (correr, puxar, largar), ela desenvolve o controlo dos seus músculos, o que contribui para o domínio do corpo e do ambiente. Deste modo ganha autonomia.
- Se os pais impedem ou exigem que as use precocemente contribuem para sentimentos negativos como a vergonha e dúvida.
Virtude: Força de vontade
3ª Idade – Criança em idade pré-escolar (3 aos 6 anos)
Questão chave: Sou bom ou sou mau?
Crise: Iniciativa versus culpa
O desejo de experimentar amplia-se com a aquisição do pensamento e linguagem: com elas toma iniciativas, realiza tarefas e exibe-se.
- Se os pais compreendem e aceitam o jogo activo das crianças elas sentem que o seu sentimento de iniciativa é valorizado.
- Se os pais se impacientam e consideram disparatadas as suas brincadeiras e actividades, as crianças sentem-se culpadas e inseguras, evitando agir de acordo com as suas necessidades e desejos.
Virtude: Tenacidade
4ª Idade: Criança em idade escolar (6 aos 12 anos)
Questão chave: Sou bem sucedido ou não valho nada?
Crise: Indústria versus inferioridade
A criança entra na escola onde se espera que realize aprendizagens quer académicas quer sociais. Sonha com o sucesso e quer ser excelente nas tarefas desempenhadas
- Se as crianças se sentem menos capazes que os seus amigos, sentem-se inferiores.
- Se se sentirem bem sucedidas e acreditarem nas suas capacidades, ela desenvolve competências, é produtiva – indústria.
Virtude: Competência, perícia
5ª Idade – Adolescente (12 aos 20 anos)
Questão chave: Quem sou e o que virei a ser?
Crise: Identidade versus difusão
O adolescente chega à compreensão da sua singularidade como pessoa, como ser único, com identidade própria mas inserido num meio social onde tem vários papéis a desempenhar. O adolescente vai ter de integrar diversas auto-imagens numa única imagem.
- Se nos períodos anteriores conseguiram obter confiança, autonomia e diligência, o adolescente constrói mais facilmente a sua identidade.
- Se tiverem dificuldade em saber o que são, o que querem vivem situações difíceis de difusão e indecisão.
Virtude: Lealdade e fidelidade
6ª Idade – Jovem adulto (20 aos 35 anos)
Questão chave: Partilharei a minha vida com alguém ou viverei sozinho?
Crise: Intimidade versus isolamento
· A intimidade requer que o sentimento de identidade pessoal facilite o relacionamento com outrem numa base de compromisso, alteração de hábitos, sacrifícios.
· As dificuldades em estabelecer relacionamentos íntimos contribuem para que as pessoas se fechem em si próprias e permaneçam no isolamento.
Virtude: Amor
7ª Idade – Adulto (35 aos 65 anos)
Questão chave: sou bem sucedido na vida conjugal e profissional?
Crise: Generatividade versus estagnação
- As preocupações com os jovens e o desejo de contribuir para um mundo melhor desenvolvem as potencialidades do eu e incrementam a afirmação pessoal do adulto – generatividade (termo criado por Erikson para designar o comprometimento do adulto em relação ao adulto e à nova geração).
- Se o adulto se preocupa apenas consigo próprio em vez de desenvolver actividades produtivas e úteis aos outros, a sua vida caracteriza-se pela estagnação.
Virtude: Produção e ajuda aos outros
8ª Idade: Idoso (dos 65 anos em diante)
Questão chave: Vivi uma vida preenchida ou sou um fracasso?
Crise: Integridade versus desespero
Esta fase coincide com a reforma em que a pessoa se empenha em reflectir fazendo um balanço da sua vida.
- Se se sentir satisfeito por considerar que a sua vida teve mérito, surge o sentimento de integridade.
- Se a pessoa se apercebe de que nada fez que tivesse sentido e de que já é demasiado tarde para começar de novo surge o desespero.
Virtude: Sabedoria
Artigos
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