Método Introspectivo
O primeiro método utilizado pela Psicologia científica foi o método introspectivo. O seu criador foi o psicólogo alemão W.Wundt. É um método analítico. Podemos dividi-lo em três momentos:
1) O sujeito que vive um certo estado de consciência auto-observa-se;
2) Descreve ou relata ao psicólogo o que se passa na sua mente;
3) O psicólogo regista e interpreta o que é descrito.
Como se vê, uma mesma pessoa é observador e observado. No entanto, quem analise e interpreta é o psicólogo. Apesar deste cuidado de Wundt, o método introspectivo apresenta muitas limitações.
Essas limitações são de dois tipos: limitações quanto à objectividade e limitações quanto à amplitude da sua aplicação. Quanto à objectividade, podemos indicaras seguintes limitações:
a) Não há distinção real entre o observador e o observado (como dizia Watson, a observação não é pública), ou seja, a observação interna não pode ser objectivamente controlada.
b) Um estado de consciência não pode ser, ao mesmo tempo, vivido e descrito (a introspecção é, no fundo, retrospecção).
c) A introspecção valoriza excessivamente e de forma irrealista as capacidades da memória e da linguagem: nem todos os estados de consciência podem ser fielmente verbalizados e a descrição de um estado consciente pode alterá-los.
d) Há estados de consciência que, pela sua intensidade emocional, não permitem uma descriçãodistanciada, fria e rigorosa necessária à introspecção.
e) Diferentes pessoas podem descrever de modo diferente o mesmo fenómeno psicológico.
Quanto à amplitude, podemos apontar as seguintes limitações:
a) Tem apenas como objecto os processos mentais conscientes;
b) Não é aplicável a fenómenos de natureza fisiológica;
c) Não é aplicável no campo da psicologia infantil nem no da psicologia animal.
Actualmente, a introspecção é utilizada unicamente como complemento de outros métodos.
Artigos
Inconsciente: Freud versus Jung
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A maternidade causadora de transtornos psicológicos a partir da infância
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