Ciência versus Senso Comum
Todos nós usamos a Psicologia de Senso Comum no nosso quotidiano. Tanto observamos o nosso próprio comportamento como também o dos outros, tentando prever quem fará o quê, quando e como. E muitas vezes sustentamos opiniões sobre como adquirir controlo sobre a vida. No entanto, uma psicologia baseada em observações casuais possui algumas fraquezas críticas, entre as quais um corpo de conhecimentos inexactos por várias razões. O senso comum não proporciona os requisitos necessários para a avaliação de questões complexas.
Geralmente, as pessoas confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais diversas ou nas palavras de alguma autoridade/celebridade.
Conjunto de opiniões tão geralmente aceite em época determinada que as opiniões contrárias são um completo absurdo.
Isto diz-nos que o senso comum varia conforme a época em que nos encontramos, ou por outras palavras falando, conforme o conhecimento relativo alcançado pela maioria num determinado período histórico, embora possa existir uma minoria mais evoluída que alcançou um conhecimento superior ao da maioria. Estas minorias são, geralmente, desvalorizadas. Temos como exemplo emblemático como o Galileu:
Enquanto que, no seu tempo, a certeza era de que a Terra era o centro do Universo e o que o Sol girava à sua volta, Galileu pensava de outra forma. Ele achava que era a Terra que girava em torno do Sol e por causa dessa sua opinião quase foi queimado pela Inquisição. Com isto, temos um exemplo concreto das influências da sociedade no desenvolvimento e na vida social do indíviduo.
Um exemplo de senso comum ainda aceite hoje em dia é a solidez da matéria. Um corpo físico não passa afinal de um estado vibratório que apresenta a ilusão de densidade e impenetrabilidade, em função de altíssimas velocidades das particulas constitutivas dos átomos. O que vemos afinal é apenas uma aparência da realidade subjacente. O novo parâmetro aceite hoje para definir a matéria é o cinético, ou seja, a energia.
Artigos
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