O tempo das grandes transformações

 

    Maturação física na adolescência

Homens:

  • Barba;
  • Mudança de voz;
  • Pêlos nas axilas;
  • Pêlos púbicos;
  • Ejaculação;
  • Testículos.

Mulheres:

  • Pêlos nas axilas;
  • Crescimento do peito;
  • Crescimentos/alargamento das ancas;
  • Ovários;
  • Pêlos púbicos;
  • Menstruação.

 

Problemas específicos das raparigas na adolescência:

  • Reacção à menarca;
  • Desenvolvimento dos seios.

 

Problemas específicos dos rapazes na adolescência:

  • Maturação tardia;
  • Tamanho do pénis.

 

        A adolescência é o período de transição da infância para a idade adulta. Começa com os primeiros sinais da puberdade, um conjunto de processos biológicos inter-relacionados, o conjunto de mudanças hormonais e fisiológicas que conduzem à maturidade sexual (da qual a capacidade reprodutiva é a melhor ilustração) e as transformações físicas e morfológicas significativas (crescimento acelerado e brusco e distinção entre as formas dos corpos masculino e feminino).

        A maturação biológica influencia de modo relevante o modo como o/a adolescente se vê a si mesmo/a e o seu estatuto ou prestígio social no seio dos seus pares.

        No plano cognitivo esta fase da vida é marcada, segundo Piaget, pelo surgimento das operações formais. As operações, isto é, as acções mentais de combinar, separar e transformar informação de um modo lógico, tornam-se lógico-abstractas, não se limitam à consideração de objectos presentes. A transição da adolescência para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova forma de pensar. As suas características fundamentais são as seguintes:

a) Raciocínio acerca do futuro: a adolescência é um período em que os jovens começam a pensar acerca do que farão quando se tornarem adultos. Esta, como é óbvio, não é a sua única preocupação, mas de facto os adolescentes planeiam o futuro muito mais frequente e sistematicamente do que as crianças.

b) Ponderação de hipóteses: os adolescentes são mais propícios do que as crianças mais novas a envolverem-se em pensamentos que requerem a formulação e teste de hipóteses, assim como a pensarem em situações hipotéticas.

        Um reflexo importante desta modificação intelectual ou cognitiva é a tendência dos adolescentes criticarem os conhecimentos adquiridos, assim como as discrepâncias entre as ideias expressas pelos adultos e a forma como estes agem. 

 

         No plano moral, o raciocínio começa a questionar e a ultrapassar as convenções sociais e a elevar-se a princípios abstratos como o bem e o mal. O idealismo da adolescência, fermento de transformação social, fundado na capacidade de equacionar possibilidades, traduz esta relativa superação dos limites convencionais. As capacidades do adolescente para pensar de forma abstracta, imaginar situações hipotéticas e comparar ideias com o mundo real influenciam a sua forma de pensar no que diz respeito a assuntos morais.

 

         Quanto ao desenvolvimento social e emocional há transformações significativas. Os adolescentes passam mais tempo com os grupos de amigos reduzindo-se o controlo adulto e a sua influência. Apesar da preocupação dos pais com a influência negativa que os grupos de amigos podem exercer, deve referir-se que, sem desvalorizar pressão que estes exercem no sentido do conformismo, a sua influência é geralmente positiva. A maioria dos adolescentes é sensível e receptiva à pressão do grupo de amigos quando esta é socialmente aceitável ou valorizada. Intensifica-se a interacção social com o sexo oposto.

        Há diversas ideias e sentimentos comuns à maior parte dos adolescentes, entre os quais a ideia (errada) de que todos observam (e criticam) todos os seus comportamentos, bem como a crença de que são os únicos que alguma vez viveram determinada situação, acreditando ser impossível que os seus sentimentos alguma vez tenham sido experimentados por outrem, crença esta que contribui para uma ilusão de invulnerabilidade, para a ideia de que os azares apenas acontecem aos outros (tais ideias tendem a tornar-se menos comuns, à medida que os adolescentes ficam mais próximos de alcançar uma identidade). Estas ideias e crenças são características do egocentrismo adolescente.


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