Freud e a Psicanálise
Inicialmente (com Wundt), o objecto da psicologia limitava-se ao estudo da experiência consciente (dos processos mentais). Mais tarde, devido à influência do Behaviorismo, considerou-se que só era cientificamente legítimo estudar o comportamento (as actividades exteriormente observáveis). Centrando a sua atenção no tema da percepção, o Gestaltismo contestou e redução do objecto de estudo da Psicologia ao comportamento (revalorização dos processos mentais).
Com a psicanálise evidencia-se o papel fundamental dos processos psíquicos inconscientes na determinação do nosso comportamento e da nossa personalidade. Devido ao contributo de Freud quando actualmente definimos a Psicologia como o estudo do comportamento e dos processos mentais por estes últimos entendemos não só os processos mentais conscientes como também os inconscientes.
Segundo Freud, a consciência tem um papel muito menos influente na nossa vida psíquica do que o inconsciente. A consciência é simplesmente a ponta do icebergue.
Os sonhos, os actos falhados e as neuroses são manifestações da realidade do inconsciente. Os sonhos são formas ilusórias de realização de desejos inconscientes. Constituem a via real de acesso ao Inconsciente.
A teoria freudiana apresenta não só uma nova concepção do aparelho psíquico, mas também uma nova visão do ser humano. Em nós não é a razão que domina. Gostaríamos de pensar que esta controla os impulsos irracionais. Contudo, Freud diz-nos que a nossa vida é dirigida por impulsos, desejos e pulsões de natureza inconsciente (sobretudo na natureza sexual e agressiva).
Artigos
Inconsciente: Freud versus Jung
—————
A maternidade causadora de transtornos psicológicos a partir da infância
—————